As belas mãos tocam a campainha da casa
Os olhos nus e o peito peludo e moreno
Marcam a alma como ferro em brasa.
Alma marcada, peito aberto
Ferida escancarada e quente
Templo de magia : corpo e mente
Alegria precoce como amor materno pelo feto.
Me diga meu pulso
O que é o meu desejo?
Pelo o que choro em desespero no meu leito?
A palavra amiga que estraçalha o tesão
O beijo divino, a embriaguez,
O coma, a paixão, a solidão.
*Primeiro poema que fiz para a minha maior paixão, o escrevi em março de 2005, a primeira vez em que ficamos.
Diga-se de passagem, meu único soneto: forma "perfeita" para a Pessoa perfeita.
A foto é a minha favorita, feita em nossa primeira lua-de-mel em setembro de 2005.