sábado, 25 de setembro de 2010

Grande Amor

Ele se meche.
Eu canto, ele fica quietinho.
Paro. Ele chuta.
Canto, ele presta atenção.
Ficamos nisso horas...

Ouço seu coração e choro.
Nunca um homem havia me feito chorar de amor.


Esse é o meu samba. O verdadeiro samba do grande amor.


Mamãe te ama, filho.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ela.

(Foto de autor desconhecido, feita do Largo de Nazaré na década de 30. Gentilmente cedida por Aldenor Júnior de seu acervo pessoal.)



O tempo
Vê as mangueiras dançando
Traz os ônibus e fumaça

Tenho certeza de que ele
Não levará o cheiro do
Guamá refletindo teus cabelos

Essa cidade, com todo esse Jambú
Ouve soluçar o novo
Ouve o choro sair das cordas (e da alma)
De qualquer mestiço num bandolim

A sensualidade dessa menina
É encantadora
Como são as saias de tantas caboclas

Que mamãe Nazaré interceda por esses corações
Que mandingados e muito bem perfumados
Só batem aqui.





domingo, 16 de maio de 2010






A noite berrava

As saias eram não sei quantas mil

Rodavam aos meus olhos

Como uma baiana lesa

Girassóis

Toulouse-Lautrec talvez palpasse



É sonhar



Na esquina do nada, sem hora que caiba



Sonhar como uma mãe

Que pondo os olhos no mirrado

Estica fazendo um super-homem



Homem sozinho também

Que se deita sobre as imagens da diaba amada




Sonhar... Parir no vento


Lento e rápido


Para mim, tem gosto o estranho gosto

De ribeirão

De mate,

De carneiro com açaí.

sexta-feira, 14 de maio de 2010


Crescer de dentro e nós.
Chegar em alto mar e retornar.
É quase descuido de mim.
Eu quase não sei.
Eu nunca sei se ela está vestida ou não.
Sopra meu nome junto com "carinhoso" na madrugadinha
Para beijar meus dentes.
Felicidade sim!
Minha viola está gritando,
E meu peito -esse poeta louco-
chorando de amor.

quarta-feira, 31 de março de 2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010



Ela chegou, abriu a grama já alta do meu peito, e sentou lá...
Soube se instalar. Soube dizer com os olhinhos: "Já quero ir pro colo, dinda! Não quero mais ficar no carrinho não."

Ela me ganhou! Ganhou minha alma e pelo menos quase todos os pensamentos por dia... Ganhou as prateleiras de minha casa.

Diz tanto. Fala em língua estranha, mas diz direto ao meu coração.

Pequenina mas grande. Filha do amor. Filha daquelas pessoas que não se pode medir, são maiores que qualquer coisa ou palavra, daquelas pessoas que se amam.

Olhinhos de papai, nariz de mamãe. Quase uma canção. Talvez aquela escrita por Jobim, afinal, "Maria" Clarice, todos já estamos apaixonados por você!



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A vida urge, e começamos a nos perguntar como aproveitá-la melhor, não é?
Terei teus devaneios como referência de amor (sempre).
Fomos tão parecidos... Eu e o mar.
Reli todos os teus escritos, estão escritos em mim.
É difícil me acostumar a não ter porto seguro, mas sei que encontrarei aquele farol singelo depois de nadar e engolir toda água possível, afinal, "eu gosto é disso! Onda, tomar caldo, ralar a cara."
O tempo falará por si. Desejo curar a vontade de dizer... Ou não?! Não sei. Sou um sonhador!
Que venha todo amor que houver nessa vida!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010



Chegou tão bonitinho, parecia um sambinha.
Essas tardes Salvam mesmo da dor, com um refúgio.
Escrevi teu nome em um clichê coração de areia. Coisas daquelas que vemos um milhão de vezes e que sempre esperamos ver mais um pouco.
Afinal do que é feito um coração enamorado senão da esperança de ver e rever coisas belas?!
Penso que por isso me enfeito toda e tenho pressa em escrever sempre.
Por isso canto minha música predileta para que durmas, quero que sonhes os versos de "Lígia", que acordes com um beijo ou massagem nos pés.
A beleza de amar é constante e exagerada. Um negócio meio doido.
Olhando o mar e vendo o amar, quero o velho piegas...
Me abrace, simplesmente.