segunda-feira, 10 de dezembro de 2007



A lente refletiu na esquina...
Olhei de canto de olho.
Repeti.

E enfim,
Não, não era miragem,
Era real como o pão-de-açucar ressurgindo na beira do rio
[PERFEITamente deslocado.

domingo, 4 de novembro de 2007

a um telefonema


Com os dedos na boca
Espero-te morena.
Como à brisa da noitinha.

Saudade de dormir debaixo do teu cobertor.
Cama de solteiro em que dormia casal
[Eu na parede.

Vontade de rever teu sorriso infantil,
Misturando desejo maduro e carinho verde.
Tua VOZ... Faísca em palha seca.

Perguntas que vêm e vão
[Palavras exatas.

Arrepio em fim de coluna.
Declaração musical em fim de noite.

Desespero que dói,
Arrependimento que mata.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

SAUDADES...


















É estranho me permitir sentir dessa forma após tanto chão...


Já não consigo segurar o choro ao abrir o guarda-roupas...

Ver tua louça suja...
Teus passos: cuecas por toda a casa.
Coração que sofre no compaso que lembra teu riso estrabólico, teus pêlos suados, tua voz abafada...
Sofrimento gostoso que me faz perder o sono.

Saudade que precisa ser gritada!

Vontade de morrer em teus braços.

Declaração tosca, sem cor nem forma ... como eu.




P`ra ti, meu único amor; mais uma demostração de todo o meu carinho.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Vi uma luz,
Achei que fosse a que se vê
No fim do túnel.

A minha luz era azul,
Mas vistes vermelha.
[vermelha e farta.

E os olhos a que vi uma vez,
Eram p´ra ti bocas e saias.

Talvez verde... não consigo ter certeza.
É essa dor de cabeça marron,
E a criança cor-de-rosa que pula em meu ventre.

A luz se foi?

Apagou...

Ascendeu!

Apagou...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Eco


"(...) De tanto se entrevar no mato,
Já nem sei se é mais índio ou vegetal
Ou pedra, na ânsia de passagem
De um do mundo em boca de menino,
Som libertador
Som moleque
Som perverso,
Qualquer som de vida despertada."
("O Eco", DRUMMOND)

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Sofia


Menina bela suavemente musicalisada,
Crescendo entre uma voz LÁ no palco, e um DÓ do dono do bar.

Vontade de andar de mamãe

misturada

Com paradinha charmosa do papai.

Conseguida em ritmo perfeito,
Contaminante trecho de uma música qualquer, daquelas que agente pensa e esquece toda hora.

Garota de sorte dorme com o ensaio do show de amanhã.





Sofia é: Sofia Braga Callins, filha do baixista Tássio Callins, e da cantora Rebecca Braga,nascida em 03 de junho de 2002, sob o signo de gêmeos.

sábado, 16 de junho de 2007

Carlos


Dia claro
De um orelhão azul
Tu te dizia
[Choro profundo.

Mamãe gritando de dor,
E papai de felicidade.

Tio Andreev com o coração na mão,
Na mão de Tia Lívia.
Sim ou não?
Eis a questão.


Carlos Eduardo é: Carlos Eduardo Pantoja Sousa, filho do poeta Augusto Castro e da cantora Jhenifer Pantoja
, nascido em 31/01/2007 sob o signo de aquário.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Ieda


Eis que acorda.
Fantástica contra face: bela filha de fera.

Crescendo aos olhos do mundo
Fazendo desde já te olhar daqui...
Telinha colorida,
Brilho de longo alcance.

Doce som.
Vertiginosa ascensão.
Como em um blues.




*primeira da série "Filhotes"



Ieda é: Ieda Biork Silva de Souza, filha do Adriano (Bago), nascida em 23/06/2006 sob o signo de virgem.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Peito Morto



Expandir
Onde há seu sexo
No desconexo
De um beijo
Que não foi dado.

Descobrir
Onde está seu beijo
No desconexo
Do teu sexo louco
E pouco.

Felicidade de pouco
Pouco em pouco
No teu corpo cheio
E no meu peito morto.



sexta-feira, 25 de maio de 2007

Soneto Da Paixão Inesperada

Forte, sozinho no terreno
As belas mãos tocam a campainha da casa
Os olhos nus e o peito peludo e moreno
Marcam a alma como ferro em brasa.

Alma marcada, peito aberto
Ferida escancarada e quente
Templo de magia : corpo e mente
Alegria precoce como amor materno pelo feto.

Me diga meu pulso
O que é o meu desejo?
Pelo o que choro em desespero no meu leito?

A palavra amiga que estraçalha o tesão
O beijo divino, a embriaguez,
O coma, a paixão, a solidão.



*Primeiro poema que fiz para a minha maior paixão, o escrevi em março de 2005, a primeira vez em que ficamos.
Diga-se de passagem, meu único soneto: forma "perfeita" para a Pessoa perfeita.

A foto é a minha favorita, feita em nossa primeira lua-de-mel em setembro de 2005.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Sete vezes Tu





Sem medo
O sete entra
Sem receio,
Sem cansaço
Pelos carinhos eu o faço.
Aos sete dias do mês de setembro

Mostrou a sete faces da carne
Dias e noites
[incansáveis

Mapeou o corpo com um desenho barato.

Perfeita harmonia,
Filha loira de Tupã.

Ventre amado pela língua virgem.

Amada ventania,
Protegida por Aquiles e banhada de açaí.

Sem semáforos,
Sem faróis
Sete vezes louca.

E sem trocadilhos,
Gloriosa como teu nome
Foi a minha Vitória.








* Fui movida por uma leve nostalgia, diga-se de passagem trazida pelo comentário da Luizinha (garota esperta) sobre a última postagem a mostrar esse texto,o qual escrevi a mais ou menos dois anos e meio, e como não época não publiquei, e depois só havia mostrado ao Pessoa...bem vindos a isto.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Fête


Quando o mundo acabar
Quero estar em casa
Com toda aquela multidão
Que conversa comigo nas noites boemias

Quero acordar bem cedo
Como nunca faço.
Bem cedo!
Que engraçado: P´ra amar.
[Sentir as mãos me colorindo
E depois vê-la dormindo e se apagando
Bem de...va...gar...

Quando o mundo acabar
Vou procurar outro Poeta
E perguntar por que não ousa me escrever com seu discreto batom

Ah se o mundo fosse acabar...
Tantas contas a acertar...
Ah se fosse acabar...